Israel e países europeus reagem à saída dos EUA do acordo nuclear iraniano

© REUTERS / Jonathan ErnstO presidente dos EUA, Donald Trump (E) e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falando com repórteres antes de sua reunião no Hotel King David, em Jerusalém, em 22 de maio de 2017
O presidente dos EUA, Donald Trump (E) e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falando com repórteres antes de sua reunião no Hotel King David, em Jerusalém, em 22 de maio de 2017 - Sputnik Brasil
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao presidente dos EUA, Donald Trump, pela decisão de retirar Washington do acordo nuclear iraniano, anunciada mais cedo na Casa Branca. Já os líderes de outros países pediram a Trump que não tome outras atitudes que possam criar obstáculos para os demais participantes do acordo.

"Israel apoia totalmente a brava decisão de hoje do presidente Trump de rejeitar o catastrófico acordo nuclear com o regime terrorista de Teerã", disse Netanyahu em discurso transmitido pela TV. 

Donald Trump na casa Branca, em janeiro de 2018. - Sputnik Brasil
EUA se retiram do acordo nuclear iraniano
Em declaração conjunta, os líderes de França, Alemanha e Reino Unido demonstraram preocupação com a medida anunciada por Washington, pedindo respeito aos esforços desses países para manter funcionando o acordo assinado em 2015 pelo Irã e o grupo do P5+1, oficialmente chamado de Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA). 

"Pedimos aos EUA que garantam que as estruturas do acordo (JCPOA) permaneçam intactas e evitem tomar medidas que obstruam sua plena implementação por todas as outras partes do acordo", disseram os líderes de Grã-Bretanha, Alemanha e França na declaração fornecida pelo gabinete da primeira-ministra britânica, Theresa May, e reproduzida pela agência Reuters.

Também incomodado com a decisão de Trump, o ex-presidente Barack Obama, que estava na chefia da Casa Branca quando da assinatura desse acordo, divulgou uma nota criticando o atual chefe de Estado dos EUA. Segundo Obama, a decisão de Trump de colocar o JCPOA em risco é um grande erro.

"Sem o JCPOA, os Estados Unidos poderiam eventualmente ficar com uma escolha perdedora entre um Irã com armas nucleares ou outra guerra no Oriente Médio. Nós todos sabemos os perigos de o Irã obter uma arma nuclear. Isso poderia encorajar um regime já perigoso; ameaçar nossos amigos com a destruição; impor perigos inaceitáveis para a segurança da própria América; e desencadear uma corrida armamentista na região mais perigosa do mundo. Se as restrições sobre o programa nuclear do Irã sob o JCPOA forem perdidas, poderemos estar antecipando o dia em que nos confrontaremos com a escolha entre viver com essa ameaça ou ir à guerra para impedi-la", disse Obama.

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