A informação foi publicada pelo jornal O Globo nesta terça-feira (8). A publicação afirma ter tido acesso a três depoimentos da testemunha — que trabalhou como segurança de Araújo e passou a colaborar com as investigações em troca de proteção.
"Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando". Segundo o relato, Sicialiano também afirmou "precisamos resolver isso logo". Depois, bateu forte com a mão na mesa e gritou "Marielle, piranha do [Marcelo] Freixo".
Poucos meses depois da reunião, Araújo, que já era foragido da polícia, foi preso por envolvimento com grupos milicianos. O delator afirma que Araújo e Siliciano trabalham de maneira conjunta e que o faturamento mensal da organização criminosa seria de R$ 215 mil.
Mesmo preso, Araújo ordenou a execução de Marielle de dentro do presídio Bangu 9. Por sua ordem, foi clonado o carro utilizado no assassinato e um homem conhecido como "Thiago Macaco" monitorou os hábitos da vereadora para conhecer sua rotina.
O delator também afirma que dois assassinatos recentes foram queima de arquivo relacionados à execução da vereadora do PSOL: Carlos Alexandre Pereira Maria e Anderson Caludio da Silva.
Ela foi executada junto com Anderson Gomes em 14 de março.
Procurado pelo jornal O Globo, o vereador Marcello Siciliano disse que não conhece Araújo e que a reportagem é "totalmente mentirosa".