Intitulada Deja Vu, a operação investiga o pagamento de propinas de aproximadamente R$ 200 milhões pela Odebrecht, entre 2010 e 2012, a três funcionários da estatal de petróleo brasileira e a três operadores, um deles vinculado ao MDB, para obter um contrato com a Petrobras de US$ 825 milhões.
Os alvos dos pedidos de prisão são Mario Ildeu de Miranda, Ulisses Sobral Calile, Aloísio Teles Ferreira Filho, Rodrigo Zambrotti Pinaud, Sérgio Boccaleti, e Ângelo Tadeu Lauria.
Só políticos do MDB, por meio de um dos operadores, teria recebido US$ 31 milhões, segundo os investigadores. O contrato que a Odebrecht tinha interesse visava a prestação de serviços para a Petrobras em nove países, de acordo com o MPF. As ilegalidades foram comprovadas por meio de delações premiadas e cooperação internacional com a Suíça.
Além de estratégias de ocultação de valores e dissimulação de operações financeiras, os investigados teriam utilizado doleiros e empresas offshore em paraísos fiscais para realizar a lavagem de dinheiro e os repasses aos executivos e políticos, ainda de acordo com os investigadores da Lava Jato.
Autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro, esta 51ª fase da Lava Jato visa cumprir seis mandados de prisão (quatro de prisão preventiva e dois de prisão temporária) e 15 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Paraty, Niterói, Jacuecanga, Petrópolis, Duque de Caxias, Areal e Miguel Pereira – todos no Estado do Rio –, Guaratinguetá (SP), e Vitória (ES).