No entanto, o relatório ressalta que nenhum voto foi alterado durante os supostos esforços de Moscou.
"Em 2016, os atores cibernéticos afiliados ao governo russo conduziram uma campanha cibernética coordenada e sem precedentes contra a infraestrutura eleitoral do Estado", disse o relatório, acrescentando que ao menos 18 estados dos EUA foram afetados, mas o número pode ser ainda maior. "Em pelo menos seis estados, os atores cibernéticos afiliados à Rússia foram além do escaneamento e conduziram tentativas de acesso mal-intencionado em sites relacionados a votação", aponta o documento.
"O Comitê constatou que, além da atividade cibernética direcionada à infraestrutura eleitoral do Estado, a Rússia realizou uma ampla variedade de atividades relacionadas à inteligência visando o processo de votação nos EUA. Essas atividades começaram pelo menos em 2016, continuaram durante o dia da eleição e incluíram esforços de coleta de informações tradicionais, bem como operações provavelmente destinadas para desacreditar a integridade do processo de votação e os resultados eleitorais dos EUA", disse o relatório.
A Rússia tem sido repetidamente acusada de tentar influenciar eleições em vários países. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, diz que as alegações são infundadas. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ressaltou que não há provas de que a Rússia esteja se intrometendo em eleições em países estrangeiros.