"Estamos preparados para todos os cenários. Se a América sair do acordo, nossa economia não será afetada", disse o chefe do banco central iraniano Valiollah Seif na televisão estatal, horas antes da decisão de Washington.
Trump anunciou na terça-feira que os EUA desistiram do acordo assinado em 2015 pelo Reino Unido, China, Rússia, França, Alemanha e Estados Unidos.
A perspectiva de Washington voltar a impor sanções contra Teerã provavelmente afetará o setor petrolífero iraniano, que responde por 60% das receitas do país.
O rial do Irã, moeda do país persa, foi negociado perto de baixas recordes em relação ao dólar americano no mercado livre na terça-feira, enquanto os moradores tentavam comprar o dólar, de acordo com o site de câmbio Bonbast.com. O dólar estava sendo vendido por 65 mil riais depois de atingir uma baixa recorde de 67.800 no domingo.
Possíveis interrupções nas exportações iranianas elevaram os preços do petróleo para a alta de 3,5 anos na segunda-feira. No mês passado, Trump criticou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) por manter os preços "artificialmente muito altos".
"Se assumirmos que ele voltará às sanções de 2012, estimamos uma perda de 0,4 milhão de barris por dia de oferta iraniana com base nos números recentes de exportações iranianas. Qualquer coisa maior do que isso será otimista", afirmou Virendra Chauhan, analista de petróleo da Energy Aspects em Singapura, conforme citado pela Agência Reuters.