Há preocupações de que a decisão dos EUA possa criar uma barreira entre seus tradicionais aliados europeus, particularmente devido aos receios de que as sanções norte-americanas possam ter um impacto sobre as empresas europeias que fazem negócios com o Irã. Perguntado sobre quais seriam as consequências e que opções tem a Europa para combatê-las, Amirahmadi respondeu que após a saída dos EUA, "o acordo nuclear está morto".
"Depois da saída dos EUA, [acordo] está morto agora. E os europeus, mesmo quando os norte-americanos estavam decidindo se cumpririam suas obrigações, ao menos não por completo, sem os Estados Unidos eu não acredito que os europeus estejam preparados para trabalhar com o Irã."
As preocupações agora estão focadas em como a decisão de Trump poderia afetar segurança no Oriente Médio. De acordo com o analista entrevistado, Irã não seria capaz de atacar Israel por não ser um país suicida. No entanto, na noite passada, ambos os países trocaram ataques, agravando, assim, a situação na região.
Amirahmadi afirma que com certeza acredita nas suposições de que o presidente Trump, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, estão tentando mudar governo de Teerã. E que de fato a mudança começou assim que Trump deixou o JCPOA.
O especialista conclui dizendo que "acredita que os EUA estão fartos do governo iraniano e, infelizmente, Netanyahu tem uma tremenda influência sobre Trump e agora ele está ditando as leis […] acredito que a governança em Washington apoia mudança do governo de Teerã".