"Os ataques de Israel a posições iranianas na Síria são ações diretas e planejadas após a saída dos EUA do acordo nuclear, sendo mais um elo na cadeia de provocações israelense-estadunidenses contra o Irã", disse Slutsky, presidente do Comité de Assuntos Internacionais da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo).
"Deste modo, Tel Aviv aumenta a ameaça de confrontação militar real com Teerã", afirmou o político, acrescentando que "escalada de histeria anti-iraniana é explosiva".
O deputado sublinhou a importância de resolver todos os problemas na região sem aplicação de força, relembrando que o Plano de Ação Conjunto Global (também conhecido como acordo nuclear do Irã) foi criado para isso.
Na noite passada, os militares de Israel relataram que as forças iranianas tinham lançado cerca de 20 mísseis desde o território sírio contra posições israelenses nas Colinas de Golã. Em resposta, a Força Aérea de Israel atacou instalações iranianas no território sírio.
Na terça-feira (8), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a saída dos EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), intermediado pelas potências do P5 + 1 (China, França, Rússia, Reino Unido, EUA e Alemanha) em 2015.
Além disso, Trump prometeu voltar a introduzir todas as sanções, que foram suspensas segundo o acordo.