"Os ucranianos ficaram decepcionados com a política e com as instituições políticas em geral. [Na Ucrânia] não há político cuja aprovação supere 15%, e com muita frequência, esta intenção consiste em votos comprados", assinalou Kiselev durante a manifestação perto da embaixada ucraniana em Moscou em apoio ao editor-chefe da agência de notícias RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky, preso pelas autoridades de Kiev.
"[O presidente Pyotr] Poroshenko tem 4% [de intenção de voto], e ele quer assegurar o espaço informacional na véspera das chamadas assim eleições presidenciais para prolongamento técnico de seu mandato", acrescentou.
Comentando a possibilidade de troca de Vyshinsky, o diretor-geral da agência russa frisou que somente cabe a ele tomar decisão a respeito do assunto.
"Há várias opções [para libertação de Vyshinsky], uma delas seria a troca [de prisioneiros]. Mas a troca deve ser voluntária, e eu não sei se Kirill estaria de acordo ou não […] É preciso perguntar para ele", declarou Kiselev.
Além disso, Dmitry Kiselev frisou que não está sendo planejada evacuação organizada dos funcionários da RIA Novosti Ucrânia para a Rússia, acrescentando que os próprios jornalistas devem decidir seu destino.
"Ninguém está planejando evacuação organizada, pois cabe a cada um decidir", afirmou, frisando que "estamos esperando nossos colegas jornalistas não somente em nossa redação, mas na Rússia, para oferecê-los condições normais de vida e de trabalho".
Na quinta-feira (18), foi comunicado que o Tribunal ucraniano de Kherson decretou a prisão de 60 dias do jornalista.