A taxa de rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA atingiu o seu nível mais alto desde 2008, superando os três por centro. Segundo os analistas do banco Morgan Stanley, se a taxa de rendimento da dívida a 10 anos dos EUA for superior a 3,05%, ocorrerá o colapso.
Quando a Reserva Federal (banco central dos EUA) aumenta as taxas de juro ou realiza outras medidas de política monetária restritiva, no sistema financeiro se observa uma diminuição do "dinheiro barato", o que significa que os investidores têm menos possibilidades de investir em títulos do Tesouro.
O aumento das taxas de juro significa maiores custos dos empréstimos para as empresas e, como consequência, elas fazem menos investimentos, os acionistas recebem menos lucros e os mercados financeiros se tornam menos atraentes.
Quando a taxa de rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA supera os três por cento, os participantes do mercado entendem que isso irá provocar o aumento das taxas de juro.
Os especialistas têm diferentes opiniões no que se refere a quando a crise pode começar. Por exemplo, os analistas da empresa financeira JP Morgan Asset Management opinam que a crise em 2018 é "pouco provável".
"Entretanto, o aumento da taxa de rendimento dos títulos de Tesouro afeta o mercado de ações, ou seja, se observa a queda dos principais índices bolsistas, que, para os especialistas, são os fatores-chave que podem levar ao colapso", declarou Dembinskaya.
Outra ameaça é a política protecionista dos EUA. O protecionismo tem um efeito negativo nos preços e na acessibilidade das mercadorias norte-americanas e chinesas, o que, por sua vez, levará à queda no comércio, prejudicando a economia global.