O colunista da edição norte-americana Washington Examiner, Tom Rogan, afirmou que não lamenta ter escrito seu artigo no qual apelou para a explosão da Ponte da Crimeia.
"Exceto o fato de eu ter podido me expressar de modo mais claro, dizendo que este ataque poderia ser (e, claro, deveria ser) feito de modo que evitasse quaisquer vítimas", escreveu o colunista em seu novo artigo.
Além do mais, ele voltou a expressar uma série de acusações já apresentadas pelo Ocidente contra a Rússia, indicando alegada intervenção nos assuntos internos da Ucrânia. De acordo com o jornalista, a lembrança daquilo que "outro país tem direito de defender seu território", pelo visto, não pode ser aceita na Rússia.
De acordo com o jornalista, durante uma conversa telefônica "maravilhosa", Klimkin disse que "o povo ucraniano apoia" o artigo publicado e prometeu ajuda por parte do governo caso "Rússia tente enviar" Rogan para a Penitenciária Golfinho Negro (famosa prisão russa para condenados à prisão perpétua).
"Tivemos uma conversa boa e trocamos piadas", afirmou Rogan. Ao mesmo tempo, as autoridades ucranianas não confirmaram o caso.
Had a great conversation with @MFA_Ukraine minister Pavlo Klimkin just now. He said the Ukrainian people supported my piece and that Ukraine would help me if Russia tries to send me to the Black Dolphin. Some good banter.
— Tom Rogan (@TomRtweets) 17 de maio de 2018
O presidente do Conselho Internacional de Compatriotas Russos, Vadim Kolesnichenko, falou com o serviço russo da Rádio Sputnik e comentou a situação.
"Tal compostura por parte do jornalista norte-americano [de fato, o colunista é de origem britânica, mas escreve para uma edição norte-americana], especialmente no contexto do processo iniciado pelo Comitê de Instrução, quer dizer uma coisa só: vários cidadãos dos EUA, especialmente com ideias russófobas, podem ser considerados cúmplices de terroristas, pois apelam a bombardeios em espaço público. Neste caso particular vimos que os EUA não reagem de maneira nenhuma; mais do que isso, seus cidadãos demonstram publicamente identidade desumana. Temos que estar ainda mais atentos para entendermos: se é assim entre cidadãos comuns, nem preciso falar de políticos. Temos que ter muito cuidado e guardar nossa pólvora seca", disse.
Agora, os especialistas estão conduzindo uma análise psicológica e linguística da publicação. O Comitê de Instrução também faz questão de estabelecer todo o contexto do crime cometido.
No entanto, como foi revelado posteriormente, foram os chacoteiros, Vladimir Kuznetsov (Vovan) e Aleksei Stolyarov (Leksus), que ligaram para Tom Rogan se passando pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Pavel Klimkin.