Jornalista que sugeriu explosão da Ponte da Crimeia 'entra em contato' com Ucrânia

© Sputnik / Aleksei Malgavko / Acessar o banco de imagensConstrução da ponte da Crimeia, março de 2018
Construção da ponte da Crimeia, março de 2018 - Sputnik Brasil
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O jornalista britânico, que sugeriu explosão da Ponte da Crimeia, não retira o que disse. Em entrevista à Sputnik, o político crimeano, Vadim Kolesnichenko, comentou a posição do colunista estrangeiro.

O colunista da edição norte-americana Washington Examiner, Tom Rogan, afirmou que não lamenta ter escrito seu artigo no qual apelou para a explosão da Ponte da Crimeia.

"Exceto o fato de eu ter podido me expressar de modo mais claro, dizendo que este ataque poderia ser (e, claro, deveria ser) feito de modo que evitasse quaisquer vítimas", escreveu o colunista em seu novo artigo.

Além do mais, ele voltou a expressar uma série de acusações já apresentadas pelo Ocidente contra a Rússia, indicando alegada intervenção nos assuntos internos da Ucrânia. De acordo com o jornalista, a lembrança daquilo que "outro país tem direito de defender seu território", pelo visto, não pode ser aceita na Rússia.

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Ponte da Crimeia surge no Google Maps com atraso
Mais posteriormente, Rogan escreveu no Twitter que tinha falado com o chanceler ucraniano Pavel Klimkin, que o apoiou e prometeu ajudar.

De acordo com o jornalista, durante uma conversa telefônica "maravilhosa", Klimkin disse que "o povo ucraniano apoia" o artigo publicado e prometeu ajuda por parte do governo caso "Rússia tente enviar" Rogan para a Penitenciária Golfinho Negro (famosa prisão russa para condenados à prisão perpétua).

"Tivemos uma conversa boa e trocamos piadas", afirmou Rogan. Ao mesmo tempo, as autoridades ucranianas não confirmaram o caso.

​O presidente do Conselho Internacional de Compatriotas Russos, Vadim Kolesnichenko, falou com o serviço russo da Rádio Sputnik e comentou a situação.

"Tal compostura por parte do jornalista norte-americano [de fato, o colunista é de origem britânica, mas escreve para uma edição norte-americana], especialmente no contexto do processo iniciado pelo Comitê de Instrução, quer dizer uma coisa só: vários cidadãos dos EUA, especialmente com ideias russófobas, podem ser considerados cúmplices de terroristas, pois apelam a bombardeios em espaço público. Neste caso particular vimos que os EUA não reagem de maneira nenhuma; mais do que isso, seus cidadãos demonstram publicamente identidade desumana. Temos que estar ainda mais atentos para entendermos: se é assim entre cidadãos comuns, nem preciso falar de políticos. Temos que ter muito cuidado e guardar nossa pólvora seca", disse.

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Anteriormente, foi comunicado que o Comitê de Instrução da Rússia iniciou um processo judicial contra o jornalista britânico. Segundo o inquérito, o artigo da sua autoria "contém vestígios de apelos públicos a atividades terroristas no território da Federação da Rússia".

Agora, os especialistas estão conduzindo uma análise psicológica e linguística da publicação. O Comitê de Instrução também faz questão de estabelecer todo o contexto do crime cometido.

No entanto, como foi revelado posteriormente, foram os chacoteiros, Vladimir Kuznetsov (Vovan) e Aleksei Stolyarov (Leksus), que ligaram para Tom Rogan se passando pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Pavel Klimkin.

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