Embargo dos EUA pode estar relacionado com queda de avião em Cuba

© REUTERS / Juan Carreras Vidal/ACNLos familiares de los pasajeros que viajaban en el avión Boeing 737 que se estrelló en La Habana
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O embargo norte-americano à Cuba pode ser o motivo indireto da queda do Boeing 737 em Havana, no dia 18 de maio, segundo especialistas e presidentes de várias organizações aeronáuticas cubanas e argentinas.

"Sem dúvida, o bloqueio dos Estados Unidos afeta negativamente as operações da Cubana de Aviación", disse com exclusividade à Sputnik Mundo o presidente do Instituto de Aeronáutica Civil de Cuba,  Armando Daniel Lopez.

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Ele acrescentou que, em todo caso, ainda é muito cedo para determinar que o embargo dos EUA é a causa direta da perda do avião que Cubana de Aviación fretava da empresa mexicana Global Air, também conhecida no México como Damojh Airlines.

Neste sentido, o presidente do Instituto de Aeronáutica Civil salientou que, como a aeronave era de propriedade da Global Air, a responsabilidade pelo ocorrido é da empresa mexicana.

Lopez, que colabora com as autoridades cubanas para descobrir o que aconteceu, adverte que "agora estão determinando as causas" e que o "objetivo das nossas autoridades é agora descobrir o que aconteceu" e não culpar alguém.

"Ainda é cedo para determinar que o bloqueio é a causa do que aconteceu e, de fato, nosso objetivo não é culpar ninguém, mas determinar as causas."

Diego Dominelli é jornalista e diretor do portal Aviación en Argentina. Em entrevista à Sputnik Mundo, Dominelli enfatiza que "não devemos nos aventurar" a tirar conclusões antes dos resultados das investigações serem conhecidos e das caixas-pretas da aeronave serem encontradas.

Ele concordou com Lopez de que a responsabilidade é da Global Air "independentemente do contrato assinado com Cubana de Aviacion". O jornalista acrescentou que o silêncio da Global Air depois do incidente "é preocupante". Dominelli adverte, "ninguém teve acesso aos contratos até agora". A empresa mexicana publicou em seu site um comunicado de imprensa em que manifestou solidariedade com os parentes e amigos das vítimas e anunciou ter enviado especialistas para a cena da queda.

"A responsabilidade, em todo caso, é da empresa mexicana". As últimas revisões do avião ocorreram em novembro de 2017. Parece que estavam em ordem, mas ninguém teve acesso a essa informação.

Ele salienta que o embargo dos EUA é "muito negativo" para a aviação cubana e para a economia da ilha. O especialista reiterou, entretanto, ser muito cedo para determinar a causa direta do acidente de 18 de maio. A aeronave, um Boeing B737-200, realizava voo doméstico Havana-Holguin com 104 passageiros e 6 tripulantes a bordo.

Em abril, a mídia cubana publicou que a empresa Cubana de Aviación estava sendo forçada a cancelar parte de seus voos em função do esgotamento de sua frota. "O embargo impossibilita a compra de algumas peças para aviões, porque a maioria dos produtores apresenta componentes norte-americanos", disse o diretor geral da empresa, Hermes Hernández Dumas, ao jornal cubano Granma.

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