O portal Gizmodo relata que mais de 3.000 pessoas já assinaram uma petição pedindo para se acabar com tal parceria, enquanto cerca de uma dezena de funcionários se demitiu em protesto.
Há décadas, foi o exército estadunidense que impulsionou tais inovações como o primeiro PC e a Internet. Hoje em dia, as capacidades da tecnologia digital, especialmente da inteligência artificial, aprendizado de máquina e análise de dados, estão sendo promovidos por empresas privadas, tais como a Amazon e a Google.
Para ele, a colaboração entre as estruturas militares dos EUA e as grandes empresas de tecnologia como a Google aproximam o aparecimento de armamentos autônomos — aqueles que podem encontrar, alvejar e eliminar o alvo sem a participação do homem.
"O prazo para nós vermos estes sistemas será aproximado drasticamente caso a Google se envolva na construção de componentes-chave das armas autônomas", disse.
O problema é que a Google tem na verdade ao seu dispor a chave para resolver os principais obstáculos no andamento do projeto — as informações.
Ao longo dos anos, nós temos entregue à Google nossas informações em troca de serviços on-line, tais como a busca e o e-mail. Estes dados permitiram que a empresa fizesse grandes avanços no campo da inteligência artificial, análise de dados e aprendizado de máquina. Todas essas ferramentas construídas em base de um monte de dados fazem com que a Google seja ideal para ajudar no aperfeiçoamento de drones militares.
Vários funcionários da Google assinalam que não querem que a empresa de tecnologia ajude a produzir armas de guerra.
Em uma carta aberta ao seu chefe, os funcionários perguntaram como o desenho de máquinas assassinas se enquadra no conceito da empresa. Particularmente, eles se referiram ao antigo lema da companhia. Até recentemente, ele era "Não seja mau" ("Don't Be Evil"). Agora, passou para "Faça o correto" ("Do The Right Thing").