Um documento assinado pelo Grupo Lima, formado por Brasil, Argentina, Canadá, Colômbia e mais 10 países, além de não reconhecer as eleições venezuelanas, anunciou a redução das relações diplomáticas com o país sul-americano.
"O Governo brasileiro lamenta profundamente que o governo venezuelano não tenha atendido aos repetidos chamados da comunidade internacional pela realização de eleições livres, justas, transparentes e democráticas", diz a nota da diplomacia brasileira.
"Nas condições em que ocorreu — com numerosos presos políticos, partidos e lideranças políticas inabilitados, sem observação internacional independente e em contexto de absoluta falta de separação entre os poderes — o pleito do dia 20 de maio careceu de legitimidade e credibilidade", acrescenta a nota.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro destacou ainda que o país continuará atuando "em favor do restabelecimento da institucionalidade democrática, do estado de direito e do respeito aos direitos humanos na Venezuela".
No domingo (20), Nicolás Maduro voltou a vencer as eleições presidenciais, obtendo 5,8 milhões de votos (cerca de 68%). Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, o candidato Henri Falcón obteve mais de 1,8 milhão de votos e Javier Bertucci 952 mil votos. No total, as eleições contaram com a participação de cerca de 46% dos eleitores. A oposição, no entanto, não reconheceu o resultado das eleições, alegando irregularidades no processo eleitoral.