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Deputado sobre vitória de Maduro: povo venezuelano 'deu uma lição à CIA'

© REUTERS / Carlos Jasso Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, saudando seus apoiadores no fim da campanha eleitoral em Caracas, 17 de maio de 2018
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, saudando seus apoiadores no fim da campanha eleitoral em Caracas, 17 de maio de 2018 - Sputnik Brasil
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para o cargo neste domingo (20). O deputado russo Aleksandr Yuschenko comentou o que significam os resultados das presidenciais na Venezuela.

No domingo (20), Nicolás Maduro voltou a vencer as eleições presidenciais, obtendo 5,8 milhões de votos (cerca de 68%). Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, o candidato Henri Falcón obteve mais de 1,8 milhão de votos e Javier Bertucci 952 mil votos. No total, as eleições contaram com a participação de cerca de 46% dos eleitores.

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Após a vitória, Maduro chamou seus adversários ao diálogo e afirmou que os países estrangeiros devem parar de desestabilizar a Venezuela.

O deputado da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo) Aleksandr Yuschenko opinou, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, que os resultados das eleições mostram que o povo venezuelano apoiou a política iniciada por Hugo Chávez.

"[Os venezuelanos] mais uma vez deram uma lição à CIA, que lá opera. O povo da Venezuela apoiou o curso proclamado por Hugo Chávez, apesar dos 'especialistas americanos em mudança de regimes' terem muitas vezes levado a cabo as suas ações no país", afirmou o deputado.

Segundo Yuschenko, o próprio Maduro experimentou uma grande pressão, pois houve muitas tentativas de derrubar o governo, mas a Venezuela mostrou que isso não dará certo.

"Isso não agradará nada aos EUA. Não excluo que os americanos façam tentativas, inclusive ilícitas, de derrubar o governo. […] [os EUA] vão 'alimentar' a oposição, tentando ampliar sua influência por toda a Venezuela. Mas o povo, que na maioria vivia abaixo da linha de pobreza quando a influência dos EUA era grande, agora vê que esta pode ser combatida", declarou.

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Falando da América Latina em geral, o deputado apontou para a tendência de governos de direita nos países da região, incluindo na Argentina e no Brasil.

"[No Brasil e na Argentina] os governos também eram liderados por forças de direita, mas lá os norte-americanos conseguiram certos resultados inclusive através de métodos ilegais de influência nesses países. Os governos foram mudados. E, claro, a América Latina, como todo o mundo, se dividiu em duas partes: os que apoiam os EUA e sua presença em seu território e os que estão categoricamente contra o domínio dos EUA no mundo", disse.

O deputado sublinhou que a última tendência é significativa na América Latina, onde os ânimos antiamericanos são bastante pronunciados.

"Os Estados Unidos se preocupam muito com isso e realizam uma política ativa e agressiva de mudança de regimes", concluiu.

Assim, o futuro da Venezuela, segundo Yuschenko, dependerá do grau em que os EUA venham a intensificar a sua influência e da forma como o povo venezuelano conseguir resistir a essa influência.

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