"Infelizmente, o fator externo teve uma influência negativa no processo eleitoral; os EUA e vários outros países, também no nível dos governos, declararam abertamente e oficialmente que, a priori, não reconhecem os resultados das eleições", diz o comunicado da chancelaria russa, acrescentando que "esta atitude pode causar conseqüências negativas de longo alcance".
No domingo (20), Nicolás Maduro voltou a vencer as eleições presidenciais, obtendo 5,8 milhões de votos (cerca de 68%). Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, o candidato Henri Falcón obteve mais de 1,8 milhão de votos e Javier Bertucci 952 mil votos. No total, as eleições contaram com a participação de cerca de 46% dos eleitores. A oposição, no entanto, não reconheceu o resultado das eleições, alegando irregularidades no processo eleitoral.
O Brasil e outros 13 países da América Latina divulgaram uma nota nesta segunda-feira (21) não reconhecendo o resultado das eleições venezuelanas.
De acordo com o Itamaraty, as eleições realizadas na Venezuela, ao invés de restaurar a democracia, "aprofundam a crise política no país, pois reforçam o caráter autoritário do regime".