O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica disse que "vai garantir que o regime americano acabe sendo destruído exatamente como o regime de Saddam", se Washington decidir ir à guerra contra Teerã.
A ameaça surge depois que os EUA se retiraram do acordo nuclear com o Irã e divulgarem um ultimato de 12 pontos a Teerã, que inclui a suspensão de todo o enriquecimento de urânio, a retirada de milícias do Iraque e da Síria e a adesão aos objetivos da política externa dos EUA.
O Irã rejeitou as exigências e está trabalhando com outras partes no acordo, incluindo China, Rússia, Grã-Bretanha, França e União Europeia (UE), que criticaram a decisão de Washington de retirar o acordo e aumentar as tensões com o Irã.
Nos anos 80, o Irã e o Iraque travaram uma sangrenta guerra de 8 anos, que custou centenas de milhares de vidas em ambos os lados. O líder iraquiano Saddam Hussein recebeu apoio de nações ocidentais, incluindo os EUA, apesar de cometerem atrocidades bem documentadas, como o uso de armas químicas contra o Irã.
Mais de duas décadas após o final inconclusivo do conflito, o próprio líder iraquiano foi alvo dos EUA e seus aliados, que o derrubaram durante a invasão de 2003. Mais tarde ele foi executado pelo novo governo iraquiano.