Jornalistas desembarcam na Coreia do Norte para acompanhar destruição de base nuclear

© AP Photo / Airbus Defense & Space/38 North/Pleiades CNES/Spot Image This satellite image released and notated by Airbus Defense & Space and 38 North on April 12, 2017, shows the Punggye-ri nuclear test site in North Korea
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Jornalistas estrangeiros convidados desembarcaram nesta quarta-feira na Coreia do Norte para testemunhar a destruição do local de testes nucleares do regime recluso, um gesto de grande importância no caminho para uma cúpula com os EUA que Donald Trump agora diz que pode ser adiada ou não acontecer.

Em um anúncio surpresa, Pyongyang disse no começo do mês que planejava "destruir completamente" as instalações de Punggye-ri no nordeste do país, uma medida bem-vinda por Washington e Seul.

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Punggye-ri foi o local de todos os seis testes nucleares do Norte, tendo o mais recente e de longe o mais poderoso acontecido em setembro do ano passado, envolvendo o que Pyongyang disse ser uma bomba de hidrogênio.

A demolição do local deve ocorrer em algum momento entre quarta e sexta-feira, dependendo do tempo.

"Todo o local será destruído e prédios técnicos serão reduzidos a escombros", informaram as autoridades norte-coreanas.

Os jornalistas estrangeiros, inclusive da Coreia do Sul, foram convidados a participar da cerimônia de demolição. Repórteres da China, dos EUA e da Rússia partiram em um voo charter de Pequim na terça-feira para a cidade norte-coreana de Wonsan.

De lá, é esperado que eles viajem por cerca de 20 horas pela costa leste de trem e ônibus para o local de testes remotos — uma ilustração vívida da infraestrutura de transporte notoriamente decrépita do país empobrecido.

Jornalistas sul-coreanos foram inicialmente deixados de fora do voo porque não receberam permissão de Pyongyang. Mas na quarta-feira o Ministério da Unificação de Seul disse que eles foram autorizados a comparecer no último minuto. O ministério disse que planeja organizar um voo direto raro na quarta-feira entre os dois países, que permanecem tecnicamente em guerra, para transportar os jornalistas para Wonsan.

Expectativa e dúvidas

A Coreia do Norte retratou a destruição no local do teste como um gesto de boa vontade antes da cúpula planejada em 12 de junho entre Kim Jong-un e Donald Trump em Singapura. Mas as dúvidas já foram lançadas por ambos os lados sobre se essa reunião potencialmente histórica ocorrerá.

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Na semana passada Pyongyang ameaçou recuar se Washington pressionasse por seu desarmamento nuclear unilateral. Trump também disse que a reunião pode ser adiada quando ele se encontrou com o líder sul-coreano Moon Jae-in em Washington nesta terça-feira.

"Há certas condições que queremos que aconteçam. Acho que teremos essas condições. E, se não o fizermos, não teremos a reunião", disse ele a repórteres, sem explicar quais poderiam ser essas condições.

Embora o fechamento do site Punggye-ri seja um gesto de boa vontade, não está claro se o site continua sendo utilizável. Após um poderoso teste nuclear no ano passado, um colapso deixou um saldo de aproximadamente 200 trabalhadores norte-coreanos mortos.

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