O anúncio foi realizado ao lado do secretário-geral de Relações Exteriores do Brasil, Marcos Galvão. O foco principal do Fórum é a luta contra o crime internacional. As discussões devem se amnter em seis eixos: o tráfico de drogas e armas; crimes cibernéticos; lavagem de dinheiro e crimes financeiros; e terrorismo
Para o pesquisador Marcus Vinicius Freitas, a iniciativa do Fórum enquanto espaço de trocas de tecnologias e processos é algo positivo. Ele, no entanto, apresenta uma ressalva.
"A grande questão, por detrás, no entanto, é se nessa forma de atuar, o quanto a privacidade dos seus cidadãos será mantida. É uma questão única pendente, mas a ideia é muito boa" afirma o professor de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
A criação do Fórum de Segurança começou a ser discutida ainda em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff. Porém, a iniciativa foi interrompida após as revelações de espionagem do governo dos EUA sobre o Brasil.
"É preciso se estabelecer um marco regulatório a respeito da privacidade dos cidadãos na transferências de informaçõe, e é normal que isso aconteça. Mas hoje em dia nós sabemos que o monitoramento é essencial", pontua Marcus Vinicius.
Apesar de pontuar a importância da colaboração entre os países no monitoramento para a segurança, o pesquisador mantém a posição de que os cidadãos têm o direito a garantias de que suas informações não sejam utilizadas de forma "equivocada".
De antemão, o governo dos EUA anunciou que o Fórum seria uma oportunidade bilateral que teria como um de seus principais temas a crise da Venezuela.
O Fórum será coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil em conjunto com o Departamento de Estado dos EUA. A 1ª reunião do Fórum deve ocorrer no final de 2018.