Em conversa com jornalistas, ministros do presidente Michel Temer esclareceram detalhes da negociação realizada com a categoria, cuja paralisação, em resposta aos aumentos no preço do óleo diesel, tem provocado problemas no trânsito e no abastecimento de combustíveis, alimentos, remédios e outros itens.
No termo de acordo assinado com membros de diversas entidades do setor, o governo federal se comprometeu a reduzir a zero a alíquota da CIDE, em 2018, sobre o óleo diesel, adotando as necessárias providências decorrentes dessa medida, e a "manter a redução de 10% no valor do óleo diesel a preços na refinaria, já praticados pela Petrobras, nos próximos trinta dias", entre outras coisas.
A trégua firmada entre as partes deverá durar por pelo menos 15 dias.
"Nós estamos acordando que o preço ficará fixo por 30 dias, nesse patamar proposto pela Petrobras. Vamos criar um programa de subvenção econômica. Não haverá nenhum prejuízo para a Petrobras", afirmou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. "Como todos sabemos, a política de preço da Petrobras depende do preço internacional do petróleo e a taxa de cambio e, com isso podem ocorrer oscilações", acrescentou.
De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o governo irá editar uma MP em até 15 dias para que a Conab reserve 30% dos seus fretes para autônomos. Não será promovida a reoneração das empresas de cargas e transportes.
.@EliseuPadilha: O presidente @MichelTemer autorizou as negociações para chegarmos a bom termo. Aos caminhoneiros, chegou o momento de olharmos para nossas famílias e para os brasileiros que estão preocupados.
— Planalto (@planalto) 25 de maio de 2018
Durante participação em um evento em comemoração ao Dia da Indústria, em Belo Horizonte, o presidente Michel Temer celebrou o resultado da negociação feita por seus ministros, destacando a força do diálogo e prometendo "unir os caminhoneiros ao povo brasileiro". Segundo o chefe de Estado, o Planalto irá propor aos governadores tirar uma parcela do ICMS para amenizar a situação dos combustíveis.
Depois de três dias de negociações das mais variadas, acabo de receber a notícia de que foi fechado um acordo para o encerramento da greve dos caminhoneiros. pic.twitter.com/ADMy0ANQwg
— Michel Temer (@MichelTemer) 25 de maio de 2018
Apesar do entendimento entre entidades e governo, muitos caminhoneiros se manifestaram nas redes sociais dizendo que a paralisação deve continuar.