O Gabinete de Segurança de Israel decidiu anular a lei que foi aprovada pelo parlamento no mês passado e que assegura efetivamente ao primeiro-ministro do país e ao ministro da Defesa a autoridade de declarar guerra sem o apoio de outros ministros ou legisladores, relatou Haaretz.
A disposição fez com que alguns membros das Relações Exteriores do Knesset (parlamento israelense) e do Comitê da Defesa criticassem a lei, destacando falhas que podem permitir que o premiê do país inicie uma guerra por conta própria.
"Pensamos na situação quando o premiê anunciou que em quatro minutos ligaria para realização de reunião ministerial, assim, nenhum dos ministros conseguiria chegar a tempo, e, desta forma, ele poderia tomar a decisão [de ir para a guerra] por conta própria", disse um membro do comitê ao Haaretz.
Um ministro de Israel, citado pelo jornal, apontou que até mesmo a legislação israelense, que nomeia o governo como única autoridade capaz de declarar guerra, não define o número exato de ministros que necessitam estar presentes para tomar decisão.
"Isso é um cenário fictício e extremo onde o premiê se assume no direito de fazer tal apelo dramático sozinho. Existe um limite para a quantidade de cenários absurdos que você pode interpretar", destacou.