Mídia esportiva russa escreveu para o presidente da União das Federações Europeias de Futebol (mais conhecida como UEFA) devido à violação dos direitos dos jornalistas na Ucrânia.
A carta, assinada pelos editores-chefes das redações esportivas R-Sport, Match TV, Sport FM e Chempionat.com, solicita ajuda ao presidente da UEFA para que ele dialogue com as autoridades ucranianas a fim de libertar o mais depressa possível o chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky.
Em especial, lê-se na carta: "O uso de medidas policiais, normalmente aplicadas a criminosos perigosos, contra um jornalista honesto contraria os valores básicos europeus, dos quais a liberdade de expressão e liberdade de opinião fazem parte, como está consagrado na Convenção Europeia dos Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais, bem como em outros instrumentos legítimos internacionais."
Além disso, os autores do documento ressaltam que "entre os objetivos e missões da UEFA está cumprimento das regras da FIFA, dentre elas, cumprimento do Artigo 3 do Estatuto da FIFA que obriga a organização a respeitar os direitos humanos internacionalmente reconhecidos".
Com base nisso, exigem que o presidente da UEFA intervenha e apele à Ucrânia e, em particular, ao presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, "para garantir a libertação imediata e incondicional do Sr. Vyshinsky, e para criação de ambiente seguro e favorável ao respeito dos direitos humanos sem medo de punição, intimidação ou represálias".
Em meados de maio, na Ucrânia foi preso o chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky, que é acusado por Kiev de alta traição. O jornalista pode ser sentenciado a 15 anos de prisão.
No entanto, a editora-chefe da agência MIA Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, reiterou várias vezes que vai lutar até o fim pela libertação de Vyshinsky. "Não vamos deixar o nosso colega em apuros", ressaltou.
Em 24 de maio, as autoridades ucranianas adicionaram as agências de notícias russas Rossiya Segodnya, Sputnik e RIA Novosti na lista das sanções por três anos. Vale destacar que os bens das agências e seus sites foram bloqueados no país.