Especialista explica como os EUA poderiam organizar um golpe na Venezuela

© AP Photo / Ariana CubillosTrabalhadores pró-governo cantando no Dia dos Trabalhadores, Caracas, Venezuela
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou que as autoridades dos EUA querem "destruir a revolução bolivariana" e "planejam dar um golpe militar na Venezuela". Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista comenta as declarações do líder venezuelano, indicando que ele tem todo o fundamento para ter tais preocupações.

Nicolás Maduro declarou que as autoridades dos EUA querem derrubar o governo da Venezuela.

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Os EUA "querem destruir a revolução bolivariana e planejam dar um golpe militar na Venezuela. O secretário de Estado, Mike Pompeo, tentou fazê-lo quando era chefe da CIA e agora como secretário de Estado; o vice-presidente Mike Pence, o chefe do Comando Sul, o ex-encarregado dos EUA da embaixada de Venezuela o disseram, chamaram as Forças Armadas a fazer um golpe de Estado", declarou ele.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik Aleksandr Chichin, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia de Economia Nacional e Administração Pública russa, comentou as declarações de Maduro, indicando que não são infundadas.

Chichin não descartou que os EUA sejam capazes de empreender uma tentativa de golpe, só que, segundo ele, não por meio de uma interferência militar direta. Além disso, o analista recordou que há cerca de um ano, o próprio presidente norte-americano, Donald Trump, já tinha falado sobre essa possibilidade.

"Há menos que um ano, Trump admitiu a possibilidade de, caso os EUA 'achassem necessário', poderiam levar a cabo tal tipo de agressão", assinalou. 

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Porém, o especialista indicou que a possível invasão da Venezuela pode vir de outra direção, nomeadamente, da Colômbia. 

"Ali há campos militares, forças armadas suficientes para preparar tal invasão. Mas isso só poderia acontecer após manifestações maciças internas, algo parecido com o Maidan [onda de manifestações na Ucrânia de 2013 a 2014], o que, na verdade, a oposição tentou empreender antes", ressaltou Chichin, assinalando que as barreiras criadas por Maduro não permitem à oposição criar um foco de tensões apoiado do exterior, da Colômbia, "com as mãos dos EUA, claro".

Devido à inexistência de revoltas populares após as eleições de Maduro, e tendo o presidente um "mandado de credibilidade", as forças oposicionistas são incapazes de se unir, ressaltou Chichin.

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