Condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula se encontra preso em Curitiba, no Paraná, desde o mês passado, com chances remotas de realmente disputar o pleito de outubro. Ainda assim, ele segue sendo o principal nome da esquerda e da política brasileira a poucos meses da disputa.
Lançamento da pré-candidatura de Lula em Brasília (DF).
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No processo em que foi condenado, o ex-presidente foi acusado de receber propina de empreiteiros, na forma de um apartamento no Guarujá, em troca de benefícios em contratos com a Petrobras, acusação que ele sempre negou. Para os apoiadores de Lula, a falta de evidências no caso e a maneira como o processo foi conduzido demonstram que ele seria, na verdade, vítima de perseguição por parte de membros da justiça e de vários grupos poderosos.
Acontece agora o aquecimento da pré-candidatura de Lula no Largo da Ordem em Curitiba. #MaisCandidatoqueNunca
— PT Brasil (@ptbrasil) 27 de maio de 2018
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Acreditando nisso, os ativistas que participaram das manifestações de hoje defenderam a inocência do líder petista e pediram mais uma vez a sua libertação. Além das mais de 70 cidades brasileiras mobilizadas, um evento especial em homenagem a Lula também foi realizado em Paris, na França, por iniciativa de brasileiros autodenominados democratas e antifascistas.
De acordo com a jornalista e historiadora Márcia Camargus, o ato em Paris teve como objetivo reforçar o coro de vozes que ecoa no mundo inteiro "denunciando o golpe, pedindo a liberação do ex-presidente, que foi preso de forma totalmente arbitrária". Para ela, que faz parte do grupo Alerte France Brésil, um dos organizadores do evento, "eleições sem Lula é fraude".
"O ato de hoje em Paris teve duas vertentes, ou seja, duas mensagens. Uma, para os brasileiros, para dizer que apoiamos a decisão do PT de apresentar a candidatura de Lula às próximas eleições presidenciais. E outra, para o público e a mídia francesa, para quem inclusive distribuímos panfletos, denunciando a prisão do ex-presidente, defendendo a sua inocência e exigindo a sua rápida liberação", explicou Camargus.