O ex-enviado da Grã-Bretanha ao Bahrein, Peter Ford, declarou em uma entrevista à rede de televisão al-Mayadeen, do Líbano, que o Bahrein "quase se transformou em uma colônia saudita e americana".
O ex-enviado afirma que a dinastia real governante do Bahrein tem medo de que os protestos possam ressurgir e, portanto, está aderindo às políticas dos dois Estados que ajudaram as autoridades do país no passado. Ford acredita que isso explica por que Manama está repetindo a retórica anti-Irã de Riad e de Washington e culpa Teerã por alimentar os protestos no Bahrein. O ex-enviado também expressou sua opinião de que Bahrein deveria ficar longe das disputas regionais, já que provavelmente sofreria muito no caso de um conflito.
Os protestos populares no Bahrein coincidiram com a Primavera Árabe e foram liderados principalmente pela maioria xiita local. Segundo ativistas de direitos humanos, os confrontos entre manifestantes e autoridades resultaram na morte de 13 policiais e cerca de 80 manifestantes. O governo do Bahrein solicitou a assistência da Arábia Saudita para lidar com os tumultos e, a partir de 14 de março de 2011, a Arábia Saudita enviou cerca de mil soldados para o Estado árabe. Manama culpou Teerã por apoiar os manifestantes, mas o Irã negou veementemente as acusações.