Assim comentou Aleksandr Zheleznyakov da Academia Russa de Cosmonáutica em entrevista à Sputnik China.
Shi Zhongjun, representante da China junto à organização internacional da ONU em Viena, disse que "todos os países, independentemente de seu tamanho e nível de desenvolvimento, podem cooperar em condições de igualdade".
A China planeja lançar ao espaço um módulo básico em 2019, e o funcionamento completo da estação espacial deverá começar em 2022. Segundo o representante, a China está pronta a ajudar outros países no desenvolvimento de tecnologia e construção de potencial espacial.
Segundo Zheleznyakov, nenhum país nunca convidou todos os membros da ONU para cooperar no espaço.
"Primeiramente, isso mostra o nível de desenvolvimento tecnológico da China. Ela não apenas está construindo sua estação orbital como também oferece determinadas garantias relativas à qualidade de seus equipamentos", disse.
Nos últimos anos, diversos países demonstraram interesse em voar para o espaço. Mas a Rússia, Cazaquistão e Emirados Árabes Unidos parecem ser os países mais interessados na iniciativa chinesa. Contudo, países do Sudeste Asiático também têm demonstrado interesse em enviar seus astronautas para o espaço – Vietnã, Malásia, Filipinas, Singapura e Coreia do Sul.
Ele acrescentou que a China tem desenvolvido com muito sucesso a exploração do espaço. Em particular, o aspecto comercial.
"Devido a uma série de parâmetros, ela já está à frente da Rússia. Já se tornou uma concorrente", comentou.
Atualmente, 80 países possuem seus satélites, dos quais 10 deles podem fazer lançamentos. A proposta da China pode ser interessante principalmente para os países que não estão envolvidos em atividades espaciais, acredita o especialista. A China tem interesse em cooperar na área cosmonáutica com a América do Sul e a África e, em especial, tem cooperado ativamente com o Brasil. Portanto, se a China tem como objetivo o trabalho conjunto na estação orbital, isso a ajudará a desenvolver cooperação no setor cosmonáutico e econômico.
Segundo Jiao Weixin, especialista do Instituto de Ciências da Terra e do Espaço de Pequim, a estação espacial chinesa pode ser a única plataforma internacional no espaço sideral depois de 2024 e isso será benéfico para toda a humanidade.