Trump confirmou informações prévias que davam conta da chegada de Kim Yong-chol.
"Reunimos uma grande equipe para nossas conversas com a Coreia do Norte. Atualmente, estão sendo realizadas reuniões sobre a cúpula e muito mais. Kim Young Chol, o vice-presidente da Coreia do Norte, vai agora para Nova York. Resposta sólida à minha carta, obrigado!", escreveu Trump no Twitter.
We have put a great team together for our talks with North Korea. Meetings are currently taking place concerning Summit, and more. Kim Young Chol, the Vice Chairman of North Korea, heading now to New York. Solid response to my letter, thank you!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 29 de maio de 2018
Se confirmada, a chegada do vice de Kim aos EUA será a primeira visita oficial de uma alta autoridade norte-coreana desde o encontro de Jo Myong-rok em 2000, quando ele se reuniu com o então presidente Bill Clinton.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap informou anteriormente que a autoridade norte-coreana deve chegar aos EUA na quarta-feira. Anteriormente, a cúpula histórica entre os dois líderes estava marcada para 12 de junho em Singapura, mas há dúvidas se ela irá acontecer.
Kim Yong-chol, de 72 ou 73 anos, está sob sanções pessoais dos EUA por seu suposto papel em ataques à Coreia do Sul e no ataque de hackers de 2014 contra a Sony Pictures. Durante seu tempo como chefe do serviço de inteligência norte-coreano, o Gabinete Geral de Reconhecimento (2009-2016), ele foi alvo de sanções duas vezes.
Atualmente dirige o Departamento da Frente Unida, o escritório norte-coreano responsável pelas relações com o Sul. Ele também foi escolhido para liderar a delegação do Norte nas Olimpíadas de Inverno de 2018 em Pyeongchang, onde assistiu à cerimônia de encerramento ao lado da filha de Trump, Ivanka. Não houve interação relatada entre os dois na época, no entanto.
A próxima cúpula entre Trump e Kim Jong-un, a primeira reunião de um presidente norte-americano em exercício e de um líder norte-coreano, tem sido alvo de uma forte discussão por semanas. Inicialmente agendado para acontecer em 12 de junho em Singapura, Trump brevemente cancelou na quinta-feira passada a "tremenda raiva e hostilidade aberta".
Menos de 24 horas depois, ele disse que a reunião estava de volta, aparentemente tendo cedido depois de Pyongyang ter declarado o compromisso de se sentar com Washington "a qualquer momento, de qualquer forma" para alcançar a paz na península coreana.