Na última segunda-feira, o Conselho Consultivo, ou Shura, passou um projeto demandando penas de até cinco anos e multas de 80 mil dólares para os assediadores. A lei foi aprovada pelo gabinete saudita nesta quarta-feira, de acordo com a Agência de Imprensa Saudita.
A nova lei contém oito artigos visando a "combater o crime de assédio, prevenindo-o, aplicando punição contra os perpetradores e protegendo as vítimas, a fim de salvaguardar a privacidade, a dignidade e a liberdade pessoal do indivíduo, garantidas pela lei e regulamentos islâmicos". No entanto, o texto não especifica que atitudes podem ser consideradas assédios.
Apesar dos recentes esforços do governo saudita para modernizar suas práticas, o país ainda mantém uma série de leis controversas, como a que obriga a mulher a ter um guardião masculino para tomar decisões em seu nome. Além disso, o reino também não possui um código penal que criminalize especificamente o estupro ou que proíba o estupro conjugal ou estatutário.