Ao ser perguntado sobre as declarações conflitantes e como seria possível aliviar as tensões em curto prazo, Novik afirmou que "as diferenças entre as declarações de Gaza e de Jerusalém refletem o jogo semântico para o público doméstico".
"Os habitantes de Gaza, é claro, gostariam de se orgulhar de que Israel reconhece a existência do Hamas e pretende chegar a um acordo com eles. Os israelenses preferem não conceder tal crédito ao Hamas, então [em relação] ao acordo ou ao entendimento que tenha sido intermediado, principalmente pelos egípcios, cada lado prefere chamá-lo de outra coisa, mas a questão é que os dois lados concordaram com um cessar-fogo", afirmou.
Alguns fatores foram determinantes para o aumento de tensões sem precedentes do confronto, iniciado quando os palestinos organizaram a manifestação chamada de Grande Marcha de Retorno.
"Eu diria que os fatores que temos visto em jogo nos últimos meses são os mesmos que vimos em jogo antes da última rodada de guerra em Gaza em 2014 […] Alcançando um cessar-fogo depois que muitos estão feridos; desta vez, graças a Deus, foi menos do que em ocasiões anteriores; mas ainda assim, toda vida é preciosa, mas não vemos uma grande mudança na situação".
O cientista político acredita haver um problema na sincronização das partes envolvidas para mudança das condições criadoras da erupção contínua de violência.
Alguns especialistas falaram sobre a reconstrução de Gaza, e que não se pode resolver este problema sem antes solucionar o sofrimento das pessoas da região. Questionado sobre isso, o analista disse que concorda e alega que a reconstrução não está de fato acontecendo, colocando a culpa primária da situação no poder palestino.