"Graças a Deus, estamos encerrando a greve dos caminhoneiros por meio de uma atitude minha que tem sido criticada, o diálogo", declarou Temer.
De acordo com ele, não houve uso da força por parte do Estado brasileiro durante a greve dos caminhoneiros, apesar de diversos relatos pelo país terem denunciado repressão às manifestações de grevistas.
O presidente afirmou ter sido "iluminado" por Deus com a resolução da greve.
"Fui iluminado por Deus, que disse vai lá no templo da Assembleia comemorar a pacificação do país. Quero pedir que todos vocês crendo como creio na força do diálogo e da palavra, que possam levar isso a todos os templos, se puderem levar uma palavra de paz, de harmonia, respeito mútuo, culto da família e da unidade", disse.
A Associação Brasileira de Caminhoneiros, por sua vez, havia se pronunciado anteriormente, culpando o presidente Temer tanto pelo caos instaurado nas rodovias do país, quanto pelas ameaças de uso da força contra os grevistas com o anúncio do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em todo o território nacional.
"É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria. Sendo assim, nos resta pedir a todos os companheiros que desobstruam as rodovias e respeitem o decreto presidencial", diz a nota publicada pelo presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, em 25 de maio.
Nesta quinta-feira, apenas no Porto de Santos foram relatados protestos dos caminhoneiros, enquanto no resto do país os bloqueios foram encerrados e o abastecimento se estabilizou.