Com 1º tempo complicado e grande dependência de Neymar, porém, a Seleção precisará de ajustes se quiser sagra-se hexacampeã. Ao menos é o que considera o jornalista esportivo e ex-presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ), Marcos Penido em entrevista à Sputnik Brasil.
"O Brasil está mostrando problemas que acreditava estarem superados. Embora tenhamos uma vitória de 2x0, continuamos dependendo do Neymar, não dá pra entender o porquê do Tite escalar 3 volantes. É a segunda vez que ele insiste [nesta formação] e tem dificuldades sérias, o time não anda", avalia o jornalista.
A equipe só foi deslanchar mesmo aos 23 minutos do 2º tempo, com gol de Neymar. Ao comemorar, o jogador correu para um abraço no médico da Seleção, Rodrigo Lasmar, responsável pela recuperação do craque desde que fraturou um dos ossos do pé direito no fim de fevereiro.
A comemoração de Neymar após o golaço: o primeiro abraço foi no médico Rodrigo Lasmar, que o operou no início de março. Vídeo de @ph_peixoto #trbrasil pic.twitter.com/14k4NeOlxW
— Edgard Maciel de Sá (@edmacieldesa) 3 de junho de 2018
"Vamos torcer que o Neymar chegue a 80, 100% [na Copa do Mundo] porque aparentemente o time sem ele não faz muito", critica Penido.
Copa das Surpresas? Nem tanto
"Cobri 9 copas e no final, acaba que afunila mesmo [em torno das favoritas]. Não vejo essa grande surpresa. Precisamos dar um desconto para os dois times [favoritos], foi o penúltimo amistoso do Brasil depois de um tempo sem treinar juntos. O mesmo aconteceu com a Alemanha, que não jogou com todos os titulares. Na hora do 'vamos ver', os times crescem", acredita.
A grande surpresa, continua Penido, pode ser a seleção da França. Com time novo e veloz, os Bleus têm surpreendido na pré-temporada. Possíveis adversários do Brasil na semi-final (em caso de classificação em 1º lugar nos seus respectivos grupos), os franceses chegam com força na Copa do Mundo.
"Vai ser complicado, estão jogando muito, um negócio de maluco. Poucas vezes vi times tão velozes como este agora", conclui Marcos.