Recentemente, os EUA deram início ao desenvolvimento de uma arma nuclear de baixa potência, segundo a edição Warrior Maven. Trata-se de um míssil de cruzeiro de baseamento marítimo, dotado de ogiva nuclear, bem como de mísseis de cruzeiro de longo alcance, lançados de submarinos. O Pentágono acredita que as novas armas proporcionarão uma ampla gama de opções de resposta armada às ações de um potencial adversário.
"A situação deve ser rigorosamente controlada, já que, caso os norte-americanos passem das palavras às ações, ao violarem o Tratado de Redução de Armas Estratégicas, deveremos tomar medidas de retaliação", assinalou Bondarev.
Bondarev frisou que, enquanto a Rússia segue comprometida com os tratados internacionais no que se refere às armas nucleares, os EUA vêm violando "todos os tratados internacionais existentes", e acabam acusando a Rússia disso mesmo.
"As declarações do Pentágono sobre o desenvolvimento de uma arma nuclear de baixa potência […] provaram mais uma vez à comunidade internacional quem é o verdadeiro agressor", assinalou o senador.
"É claro que os EUA justificam o desenvolvimento de armas como de costume: contenção da Rússia. Para quê? As armas nucleares de baixa potência, segundo eles, têm uma utilização limitada. Ou seja, supostamente, as consequências não seriam tão devastadoras, países terceiros não seriam envolvidos, bem como os seus civis".
"Sendo assim, os EUA estudam a possibilidade de usar estas armas até mesmo em conflitos locais, regionais. Contudo, os danos relativamente menores desta arma são ilusórios. Vale destacar que as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki também eram de baixa potência. A sua utilização tirou a vida de quase 250 mil pessoas", ressaltou o senador.
Ele destacou que, a julgar pela potência anunciada da nova ogiva, a sua entrada em serviço ultrapassará as quotas estabelecidas pelo Tratado de Redução de Armas Estratégicas, já que as antigas munições continuarão em serviço operacional do exército dos EUA.