Nos últimos meses, a questão de compra de S-400 russos foi muitas vezes abordada em negociações turco-americanas, tendo sido discutida pela última vez entre o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, e o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, no dia 4 de junho.
Washington é contra a compra dos sistemas S-400 pela Turquia por três razões. Em primeiro lugar, isso contradiz os planos dos EUA de isolar e conter a Rússia. Em segundo lugar, receiam que a instalação dos S-400 na Turquia venha a pôr em perigo aviões da OTAN, em particular, caças de quinta geração F-35. E em terceiro, os EUA, que vendem sistemas de defesa antiaérea Patriot aos aliados, possuem seus próprios interesses comerciais.
Representantes norte-americanos insistiram que a Turquia não deve usar os S-400 mesmo que os compre, mas isso, segundo fonte, "não se tratava de expectativa realista".
Rejeitando a exigência dos EUA de anular compra dos sistemas russos, Ancara propôs realização de um trabalho conjunto com os EUA para analisar as possíveis consequências de instalação dos S-400 e para eliminar as preocupações dos EUA sobre a segurança dos aviões da OTAN.
Em dezembro de 2017, a Rússia assinou acordo de venda de S-400 com a Turquia, o que também provocou críticas dos EUA. Ancara comprará duas baterias do sistema, que serão operadas por pessoal turco. As partes também concordaram em manter cooperação tecnológica no desenvolvimento da produção de sistemas de defesa antiaérea na Turquia.