Rearmado e perigoso
A fábrica de aviões de Kazan, depois de anunciar seus planos de lançar a versão modernizada Tu-22M3, planeja aperfeiçoar 40 aeronaves do tipo. Especialistas planejam aprimorar o recurso dos bombardeiros, atualizar a parte interna dos sistemas eletrônicos, bem como sistemas de pontaria e de navegação.
O novo míssil difere de seu "antecessor" Kh-22 por seu novo sistema de pontaria, protegido de interferências eletrônicas, tanques com capacidade de volume aumentado, bem como por um motor mais potente e econômico.
Voo íngreme mortal
O míssil hipersônico Kh-32 voa a uma altitude de 40 quilômetros, ou seja, supera a zona de ação de qualquer sistema de defesa antimíssil naval, e finaliza o ataque com um voo íngreme. A velocidade do míssil supera quase duas vezes a dos mísseis norte-americanos Standart Missile 6 da classe "navio-ar". Dependendo da missão, o Kh-32 é capaz de transportar uma ogiva cumulativa altamente explosiva e uma nuclear. O Tu-22M3M é capaz de portar três projéteis do tipo.
"Caso os caças inimigos patrulhem a área, este alcance aumenta em até 600 quilômetros, o que também é insuficiente", explicou Sivkov, acrescentando que a adoção em serviço dos aviões Tu-22M3M é uma ameaça séria para a Marina dos EUA.
Os bombardeiros estratégicos já comprovaram sua alta eficácia ao longo das últimas décadas, ou seja, em missões no Afeganistão, Chechênia, Geórgia, Síria, e assim por diante. Entretanto, o bombardeiro ganhou sua fama por eliminar navios de guerra no mar, e então foi batizado de "assassino de porta-aviões".
Falhas na doutrina
Hoje em dia, uma ameaça adicional para porta-aviões dos EUA é representada por mísseis balísticos chineses Dongfeng, desenvolvidos especialmente contra este tipo de navios, indicou Konstantin Sivkov.
"Tudo isso revela problemas sérios dos norte-americanos com estabilidade de combate de seus porta-aviões, que exigem novas formas e métodos de combate naval. Eles precisam reexaminar todo o conceito da 'grande frota de porta-aviões'", ressaltou o analista.