A decisão pegou de surpresa membros da própria OIT, já que no dia 29 de maio, a Organização já tinha incluído o Brasil na lista de 24 países acusados de descumprir normas internacionais de proteção dos trabalhadores durante sessão da Comissão de Normas da 107ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, Suíça. A decisão, tomada pelo Comitê de Peritos da OIT, dava ao Governo Federal o prazo até novembro para prestar explicações sobre o tema.
A OIT justificou a decisão dizendo que a análise foi feita “fora do ciclo regular”, ou seja, não obedeceu aos prazos previsto. Por procedimento interno, o caso brasileiro só deveria voltar a ser avaliado em 2019 e não durante a Conferência de 2018.
Em nota divulgada à imprensa, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, se declarou "satisfeito com o resultado".
"Após ouvir os argumentos dos trabalhadores, dos empregadores e do governo, a comissão decidiu apenas solicitar informações adicionais ao governo brasileiro. (…) Quer forma mais forte de promover a negociação coletiva do que dar força de lei aos seus resultados?. Isso é muito claro para qualquer pessoa com conhecimento jurídico que queira analisar o caso sem preconceitos ou motivações ideológicas", afirmou Yomura.