Na última terça-feira (7), as Confederações de Trabalhadores se reuniram na Assembleia Geral Ordinária da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), em Brasília, evento que reúne dirigentes sindicais de todo o país para tratar da questão da reforma trabalhista e das ações a serem tomadas para barrar a implantação nas novas regras nas empresas.
"A nossa Confederação Nacional de Trabalhadores das Indústrias de Alimentação, que congrega 1 milhão e 600 mil trabalhadores de nosso país e nós temos 320 sindicatos filiados, tomamos a decisão que nós vamos resistir à aplicação de todos os itens dessa reforma trabalhista", disse.
"Primeiro, é uma reforma trabalhista que não foi discutida com a representação da sociedade brasileira. Foi uma reforma colocada para o Congresso Nacional e o presidente da República, inclusive, comprando os parlamentares, comprando votos de parlamentares para aprovar uma reforma trabalhista, que, primeiro, não vai gerar nenhum emprego, vai precarizar as condições de trabalho e, além disso, ela desmonta o movimento sindical, porque ela tira a possibilidade do movimento sindical ter uma negociação com as representações empresariais e deixa o trabalhador totalmente desamparado de representação", frisou.
Ele citou as formas de resistência das centrais sindicais à aplicação da reforma trabalhista, argumentando que os itens do projeto são inconstitucionais.
Segundo ele, houve uma falta de diálogo para se debater a questão. O projeto saiu da Câmara e foi para o Senado com 117 artigos alterados e 320 dispositivos. "Como se debate tudo isso em um prazo de 20 dias?", questiona.