De acordo com a líder alemã, não há dúvidas de que a Rússia desempenha um papel de destaque nas tentativas de estabilizar a situação na Ucrânia e na Síria e também no processo de desarmamento global. Ainda assim, ela acredita ser mais adequado manter o formato atual do grupo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Nos últimos dias 8 e 9, os líderes do G7 participaram de mais uma cúpula do grupo na cidade canadense de Charlevoix, no Quebec, que foi marcada por um profundo desentendimento entre os Estados Unidos e os demais países do grupo, devido a discordâncias comerciais. Em meio a polêmicas com seus colegas, o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, pediu a volta da Rússia ao grupo, alegando que a reorganização do G8 faria mais sentido para todos. No entanto, apenas a Itália demonstrou apoio à ideia.
"Eu não posso responder em detalhes o que fez [Trump propor isto]... Claro que nós perguntamos a ele, mas a resposta dele não foi convincente", disse Merkel ao canal de TV ARD, admitindo frustração pela última cúpula. "Eu não descartaria o formato G7. Sim, desta vez foi difícil, foi decepcionante, mas não termina assim".