A resolução condena Israel por "uso excessivo da força" contra manifestantes palestinos na fronteira entre Israel e Gaza e pede a "proteção da população civil palestina" em Gaza. Ela foi adotada com 120 votos a favor e 8 votos contra, com 45 abstenções.
A emenda oferecida pela enviada norte-americana Nikki Haley tentou condenar o Hamas, que administra o governo eleito em Gaza, por disparar foguetes contra Israel. A emenda recebeu 62 votos a favor, com 58 nações opostas e 42 abstenções. Para passar, ela precisava de uma maioria de dois terços. No entanto, não foi incluída na resolução final.
A resolução quase idêntica proposta pelo Kuwait foi vetada pelos EUA no Conselho de Segurança na última terça-feira. Ao contrário das resoluções do Conselho de Segurança, as adotadas na Assembleia Geral não são vinculantes.
Haley condenou a resolução adotada como "moralmente falida".
"A resolução é unilateral, não faz uma menção ao Hamas que rotineiramente inicia a violência", disse a enviada dos EUA durante o debate que precede a votação, acrescentando que "o que diferencia Gaza é que atacar Israel é seu esporte político favorito".
O embaixador de Israel, Danny Danon, criticou a resolução como "empoderando o Hamas" e os países que o apoiam como "conivente com uma organização terrorista".
"Eu tenho uma mensagem simples para aqueles que apoiam esta resolução. Você é a favor da munição para as armas do Hamas, você é a ogiva de seus mísseis", disse ele.
Mais de 130 palestinos foram mortos pelas forças israelenses durante os protestos na fronteira com Gaza, que começou em 30 de março. O dia mais mortífero até agora foi 14 de maio, quando a embaixada dos EUA se mudou oficialmente de Tel Aviv para Jerusalém.
"Não podemos permanecer em silêncio diante dos crimes mais violentos e das violações dos direitos humanos que estão sendo sistematicamente perpetrados contra nosso povo", afirmou Riyad Mansour, enviado palestino à ONU.