Parque do Monte Vesúvio será reconstruído com base no design de equipe russa

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Sob orientação da Academia Vesuviana de Tradições Etno-históricas (Accademia Vesuviana di Tradizioni Etnostoriche), cientistas da Universidade Federal da Sibéria (SFU) criaram um projeto que pode desencadear o desenvolvimento do Parque Nacional do Vesúvio, um parque natural histórico e arquitetônico.

Segundo o serviço de imprensa da SFU, "os cientistas siberianos foram convidados pelos italianos como parte de um plano para reinterpretar o legado cultural da região e torná-lo mais popular, acessível e atraente para a população local e os turistas". A estrutura do parque é representada por uma rede de trilhas que consistem em nove rotas com um comprimento total de cerca de 54 quilômetros.

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A equipe russa reuniu um extenso banco de dados que inclui informações sobre a localização e a extensão das trilhas, a flora, a paisagem e os ecossistemas do parque, além de informações sobre as tradições etno-históricas do sul da Itália. Eles também levaram em conta a experiência de especialistas da Universidade de Nápoles Federico II, que estudam o parque nacional nas áreas de construção verde, riscos vulcânicos, mudanças climáticas e turismo. Além disso, os cientistas também analisaram o valor histórico e cultural do desenvolvimento, planejamento e melhoria do território, bem como as características arquitetônicas e técnicas dos edifícios localizados perto do vulcão.

"Os padrões de desenvolvimento urbano no território próximo ao vulcão são densos, não há áreas de recreação para os cidadãos", disse a chefe do projeto e professora sênior do Departamento de Design de Construção e Real da Escola de Engenharia e Construção da SFU, Lyudmila Makarova. Há ainda a necessidade de integrar o parque na área urbana circunvizinha. Isso envolve coordenar os projetos de construção com os planos gerais para o desenvolvimento da rede de instituições culturais e domésticas da cidade e levar em conta as áreas de recreação e a interligação do sistema de transporte nas proximidades, acrescentou Makarova.

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A equipe da SFU propôs classificar o território em zonas, dividindo o Parque Nacional do Vesúvio em várias seções com o objetivo de monitorar o fluxo de visitantes. O zoneamento envolve a criação de áreas de recreação, locais para hospedagem de eventos de grande escala, além de campos esportivos. A grande área de eventos incluirá áreas com parques de diversões e campos para a realização de festivais e jogos de grande porte. 

De acordo com os designers, as áreas de recreação do parque contarão com paisagens naturais. Todas as instalações de saúde e fitness serão fundidas em um único complexo, que, com exceção das ciclovias a serem descentralizadas, será criado nas áreas abertas da cidade.

Além disso, o design apresenta um espaço educacional. Os designers propuseram a criação de uma zona cultural e educacional separada, com pequenos pavilhões de exposição que oferecessem informações sobre a história e a cultura da Itália. Há também a opção de espalhar estas instações pelo parque.

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Foi dada especial atenção à questão do transporte. Desde que o teleférico e o elevador até o topo do vulcão foram destruídos por um terremoto e erupção vulcânica no início do século 20, os visitantes interessados em ver a cratera de perto devem enfrentar uma longa jornada a pé. Os pesquisadores sugeriram usar o sistema de transporte público baseado em cápsulas SkyTran, que será alimentado por painéis solares instalados nas estruturas de suporte do sistema.

"Este tipo de transporte tem uma série de vantagens", observou Lyudmila Markova. "Em primeiro lugar, a construção de caminhos para este sistema exigirá menos dinheiro do que a construção de estradas comuns. Em segundo lugar, esta é uma grande oportunidade para utilizar parte da paisagem e tornar possível alcançar o topo do vulcão rapidamente".

Outra parte do design é dedicada ao estudo da flora do parque. A diretora do Jardim Botânico da SFU, Yelena Selenina, afirmou que a atual situação de crescimento urbano desordenado tem um efeito perturbador no ecossistema local. "O banco de sementes do solo é muito grande; no entanto, isso não tem efeito sobre os processos de reflorestamento".

Entre as principais razões para a má regeneração das florestas de pinheiros, Selenina elencou a infestação de ervas daninhas e a invasão de carvalhos. A especialista acredita que as florestas de pinheiros na encosta sul do Monte Vesúvio, que desempenham funções de formação florestal, hidrotécnica e climática, exigem esforços para promover processos naturais de reflorestamento. Selenina também apontou que os designers devem preservar essas florestas em seus planos.

"As florestas da encosta norte, localizadas até 765 metros acima do nível do mar, são perfeitas para organizar espaços para recreação", acrescentou.

Em comunicado enviado à imprensa, a SFU afirmou que o projeto já foi apresentado à Itália e foi elogiado pela administração do parque nacional. Sua implementação adicional depende da coordenação bem-sucedida entre os municípios em que o parque está localizado e as instituições russas.

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