A investigação, a primeira deste tipo, indica que cerca de 100 armas nucleares poderiam colocar um país em perigo caso sejam usadas.
Os EUA e Rússia contam com milhares de armas nucleares, mas a eles se juntam outros países, como o Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte (nove, ao todo). Os investigadores argumentam que o número global destas armas deveria ser reduzido para 900, ou seja, cerca de 100 por cada país.
"Com 100 armas nucleares, a dissuasão ainda é possível, mas se evita um possível retrocesso do "outono nuclear" que iria pôr fim ao povo do país agressor", afirma Joshua Pearce, professor da Universidade Tecnológica de Michigan e um dos autores do estudo.
Os investigadores fizeram uma simulação climática e de cultivos, junto com modelos de fumaça para avaliar o impacto que a explosão de 100 armas nucleares teria sobre o fornecimento de alimentos. Entretanto, advertem que poderia se registrar entre dez e 20 por cento de perda agrícola devido ao chamado "outono nuclear".
Isto poderia levar à escassez de alimentos nos países mais ricos e uma fome em massa nos mais pobres.