A recepção ocorre após a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, em maio, depois que o presidente estadunidense Donald Trump reconheceu a cidade disputada como capital de Israel.
Antes dessa decisão, o governo russo disse no ano passado que considera "a região oeste de Jerusalém como a capital de Israel". A mesma declaração também reconheceu "Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino".
Dmitry Alushkin, porta-voz da embaixada da Rússia em Tel Aviv, disse que o evento de quinta-feira é consistente com as declarações de abril de 2017 de seu país.
Participando da recepção, na Missão São Sérgio, de propriedade russa, no oeste de Jerusalém, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse estar duplamente satisfeito em participar.
"É feriado da Rússia e é um feriado que está sendo iniciado e realizado em Jerusalém", disse um comunicado do governo. "Imagino que haverá muitos outros dias em Jerusalém", acrescentou.
Os palestinos afirmam que a parte oriental de Jerusalém, anexada por Israel, é a capital do seu futuro Estado. Já o Estado judeu considera a cidade inteira como capital "indivisível".
Em dezembro, Trump reconheceu Jerusalém como a capital israelense, sem fazer qualquer distinção entre o leste predominantemente palestino e o oeste predominantemente judeu. Seu movimento rompeu com décadas de consenso internacional de que o status de Jerusalém deve ser negociado entre Israel e os palestinos, e chegou perto da condenação global.
Particularmente enfurecidos ficaram os palestinos, que declararam um boicote diplomático dos Estados Unidos. A administração Trump disse que a medida não prejudicou o status final da cidade, nem as fronteiras da soberania israelense.