Reunião de Macron com novo premiê italiano termina com farpas e desacordo sobre refugiados

© AP Photo / Jean Francois BadiasO presidente francês Emmanuel Macron fala ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França, em 17 de Abril de de 2018.
O presidente francês Emmanuel Macron fala ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França, em 17 de Abril de de 2018. - Sputnik Brasil
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O encontro entre o novo primeiro-ministro italiano e o presidente da França foi marcado por uma guerra de palavras após a decisão de Roma de negar a chegada de cerca de 600 migrantes resgatados no Mediterrâneo em seus portos.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e o presidente francês, Emmanuel Macron, participaram de uma coletiva de imprensa após a reunião em Paris.

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Macron afirmou que a União Europeia carece de solidariedade e eficiência em relação à migração e às questões da zona do euro. Continuou dizendo que as fronteiras europeias devem ter melhor proteção, além de defender a unificação do mecanismo de concessão de asilo.

O presidente francês destacou ainda que a resposta da Europa à crise migratória estava ultrapassada e que a reforma era necessária.

Conte, por sua vez, observou que ele estava de acordo com seu "amigo Emmanuel" Macron sobre questões importantes de migração, mas que Roma apresentaria suas próprias propostas de mudança nas regras de concessão de refúgio. Quanto às questões financeiras, o primeiro-ministro italiano sublinhou que era a favor de fazer progressos na partilha de riscos na governança econômica da zona euro.

Na semana passada, causou polêmica a decisão do novo ministro do Interior italiano, Matteo Salvini em negar o recebimento navio "Aquarius", da organização SOS Mediterrâneo, trazendo 629 migrantes resgatados à deriva no mar há mais de um mês. Roma pediu a Malta que recebesse os refugiados, mas essa possibilidade também foi negada por Valeta, levando Salvini a reclamar no Twitter.

"Malta não recebe ninguém. França empurra as pessoas de volta para a fronteira, Espanha defende as suas fronteiras com armas. A partir de agora, Itália também vai começar a dizer não ao tráfico humano, a dizer não ao negócio da imigração ilegal", escreveu o ministro, que também é líder do partido de direita Liga.

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Emmanuel Macron acusou o novo governo italiano de "agir de modo cínico e irresponsável", levando a Itália a convocar o embaixador francês para explicações e exigir um pedido formal de desculpas. 

Para encerrar a disputa diplomática, a Espanha se predispôs a receber os migrantes.

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