Causando protestos de oponentes, o Estado sem litoral disse que "materiais de guerra" poderiam ser vendidos, mas somente se eles não fossem usados durante um conflito interno.
O governo suíço disse em uma declaração: "A entrega de material de guerra a um país envolvido em um conflito armado interno deve continuar em princípio a ser recusada".
No entanto, acrescentou, "agora deve ser possível conceder autorização de exportação se não houver razão para acreditar que o material de guerra a ser exportado será usado em um conflito armado interno".
A isenção "não se aplica a países afetados pela guerra civil, como o Iêmen ou a Síria hoje", declarou o governo.
O Ministério da Economia deve agora alterar a decisão sobre o material de guerra, que então terá que ser oficialmente aprovada pelo governo. Contudo, a decisão do governo não pode ser objeto de um referendo, disse o porta-voz da pasta, Fabian Maienfisch, à Agência AFP.
Explicando sua decisão, o governo destacou as preocupações da indústria de armamentos suíça, dizendo que as exportações suíças de armas "caíram mais ou menos constantemente por vários anos".
O governo suíço disse que, para manter sua "credibilidade", o pequeno país deve ter sua própria indústria de segurança e defesa.
Os opositores ao governo ficaram indignados com a decisão e lançaram dúvidas sobre seus motivos.
O Partido Socialista acusou-o de querer "permitir a exportação de material bélico para países em meio à guerra civil" para atender "aos desejos da indústria de armamentos, que nada tem a ver com respeito aos direitos humanos".
Os Verdes disseram que a decisão era injustificável em nome do direito humanitário, ressaltando que o governo iria "sabotar" a tradição da Suíça, facilitando as trocas de bastidores durante os conflitos.