Em entrevista à Sputnik Brasil, a professora Camila Gomes, idealizadora do projeto e já na capital russa, conta que o grupo surgiu após a constatação de que as mulheres ainda eram minoria nos grupos de brasileiros interessados em ir ao Mundial.
“Nós começamos em grupos de WhatsApp normais, e vi que éramos minoria em todos. Entre mais de 300 pessoas, apenas cerca de 20 eram mulheres. Então, resolvi formar um grupo para discutir ideias, planejar roteiros e definir um ponto de encontro para nos conhecermos, já que somos de Estados diferentes. O intuito do grupo era juntar mulheres que viriam para a Copa da Rússia, para criar uma amizade”, diz a professora, que organizou encontros com algumas integrantes antes da Copa e espera que todas possam se conhecer pessoalmente, na quarta-feira, 27, na partida entre Brasil e Sérvia.
“Os russos são muito receptivos. Sempre vêm querer tirar foto, conversar. Quando a gente se perde, não consegue encontrar o metrô, por exemplo, eles ajudam, mesmo sem falar a nossa língua. Eles estão sendo muito calorosos”, enfatizou a professora, enterrando o tabu de que os russos são frios.
Apesar do placar inesperado da estreia do Brasil, empatando em 1 a 1 com a Suíça, Camila conta que a torcida não esmoreceu. A idealizadora do grupo Elas na Copa ressalta que os torcedores seguem empolgados, e acredita que o hexacampeonato será disputado em uma final contra a seleção da Espanha ou da França.
O próximo desafio da Seleção Brasileira no Mundial será contra a Seleção da Costa Rica, em São Petersburgo, na sexta-feira, 22, às 9h, pelo horário de Brasília.