Especialistas da Marinha russa analisarão os trabalhos efetuados pelos marinheiros russos a fim de modificar o programa de treinamento para equipes de resgate. Da mesma forma, serão desenvolvidos novos aparelhos e drones capazes de operar a grandes profundidades, assegurou a edição russa Izvestiya.
"A Marinha russa ganhou uma experiência inestimável na organização de operações de busca levadas a cabo a grandes profundidades em condições meteorológicas e hidrográficas adversas. Atualmente, nenhuma Marinha do mundo, inclusive a dos EUA e do Reino Unido, possui essa experiência", frisou o porta-voz da Marinha russa entrevistado pela edição.
O comandante em chefe da Marinha da Rússia, Vladimir Korolev, declarou que esta experiência será analisada e os resultados desta análise proporcionarão a base para a teoria e prática da arte naval, bem como será utilizada em investigações oceanográficas e operações de busca e resgate.
O navio do projeto 22010 conta com equipamentos submarinos especiais capazes de mergulhar a profundidades de 6 mil metros. Durante sua participação da operação de buscas, o navio inspecionou uma área de mais de 6 mil quilômetros quadrados.
"Percebemos quais são as capacidades dos equipamentos que temos. Conhecemos as dificuldades que surgem durante estas operações. Isso impulsionará a criação de novos equipamentos de resgate especiais. Além disso, temos que pensar na necessidade de preparar especialistas para que operem estes sistemas", assegurou o submarinista veterano Vladimir Ashik.
O submarino argentino deixou de entrar em contato com o comando em 15 de novembro de 2017, com 44 tripulantes a bordo. Os representantes da Marinha da Argentina comunicaram a possibilidade de uma explosão, que poderia ter provocado o consequente desaparecimento do navio.