Como 'experiência argentina' aperfeiçoará Marinha da Rússia?

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Navio de pesquisa científica Yantar - Sputnik Brasil
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A experiência ganha pelos marinheiros russos do navio oceanográfico Yantar durante as buscas do submarino argentino ARA San Juan será utilizada para melhorar as operações de resgate realizadas pela Marinha russa, acreditam analistas.

Especialistas da Marinha russa analisarão os trabalhos efetuados pelos marinheiros russos a fim de modificar o programa de treinamento para equipes de resgate. Da mesma forma, serão desenvolvidos novos aparelhos e drones capazes de operar a grandes profundidades, assegurou a edição russa Izvestiya.

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Especialistas do alto comando da Marinha russa comunicaram à edição que a experiência argentina ajudou a testar as capacidades dos equipamentos em serviço, permitindo entender o que se pode aprimorar para efetuar missões de busca e resgate de maneira mais eficaz.

"A Marinha russa ganhou uma experiência inestimável na organização de operações de busca levadas a cabo a grandes profundidades em condições meteorológicas e hidrográficas adversas. Atualmente, nenhuma Marinha do mundo, inclusive a dos EUA e do Reino Unido, possui essa experiência", frisou o porta-voz da Marinha russa entrevistado pela edição.

O comandante em chefe da Marinha da Rússia, Vladimir Korolev, declarou que esta experiência será analisada e os resultados desta análise proporcionarão a base para a teoria e prática da arte naval, bem como será utilizada em investigações oceanográficas e operações de busca e resgate.

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A Marinha da Argentina solicitou ajuda a outros países depois das buscas sem êxito do submarino ARA San Juan em novembro de 2017. A Rússia enviou o navio oceanográfico Yantar.

O navio do projeto 22010 conta com equipamentos submarinos especiais capazes de mergulhar a profundidades de 6 mil metros. Durante sua participação da operação de buscas, o navio inspecionou uma área de mais de 6 mil quilômetros quadrados.

"Percebemos quais são as capacidades dos equipamentos que temos. Conhecemos as dificuldades que surgem durante estas operações. Isso impulsionará a criação de novos equipamentos de resgate especiais. Além disso, temos que pensar na necessidade de preparar especialistas para que operem estes sistemas", assegurou o submarinista veterano Vladimir Ashik.

O submarino argentino deixou de entrar em contato com o comando em 15 de novembro de 2017, com 44 tripulantes a bordo. Os representantes da Marinha da Argentina comunicaram a possibilidade de uma explosão, que poderia ter provocado o consequente desaparecimento do navio.

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