Os Estados Unidos retiraram-se do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC) nesta terça-feira (19) após mais de um ano de protestos contra o órgão de 47 países. As queixas principais dos EUA são o suposto preconceito anti-Israel da instituição e a inclusão de abusadores de direitos.
Pompeo afirmou o compromisso da administração Trump com os direitos humanos. O secretário de Estado ainda acusou as nações do conselho de conluio para ganhar eleições e disse que seu viés anti-Israel é "bem documentado".
"A embaixador Haley passou mais de um ano tentando reformar o conselho", disse Pompeo, acrescentando que ela tem uma "voz destemida" na defesa de Israel.
A última das objeções dos EUA em relação ao conselho é a suposta inclusão de violadores dos direitos humanos, mirando principalmente contra a presença da Venezuela na organização.
A tensão entre os EUA e o Conselho de Direitos Humanos também teve uma severa deterioração após as críticas do comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, à política norte-americana de separação de crianças migrantes de seus pais pelas autoridades de imigração dos EUA.
No dia 7 de maio, o Procurador-Geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, anunciou que o governo Trump adotaria uma política de tolerância zero em relação àqueles que tentam cruzar ilegalmente as fronteiras dos EUA, inclusive tirando as crianças dos pais quando são detidas.
A política resultou em protestos espontâneos em todo os EUA no fim de semana, levando até mesmo congressistas republicanos a tentarem elaborar uma lei que permitisse pais e filhos permanecerem juntos em caso de detenção.