"Graças à ponte, a Rússia agora pode deslocar rapidamente forças militares significativas para a Crimeia para depois realizar operações ofensivas no sul da Ucrânia", disse Turchinov, citado pelo portal Lenta.ru.
Segundo Turchinov, Moscou militarizou bastante a península, em particular, aumentou a presença da Frota do Mar Negro e instalou sistemas de mísseis.
"Os sistemas de mísseis instalados na Crimeia podem atacar nossas posições na retaguarda profunda. Os sistemas de defesa antiaérea S-400 são capazes de atingir qualquer alvo aéreo na parte central da Ucrânia", detalhou.
Assim, avaliou Turchinov, agora a Rússia pode operar nesse mar navios da classe Buyan-M equipados com mísseis de cruzeiro e um número grande de navios de desembarque.
O aumento das capacidades de desembarque no mar de Azov, segundo o político ucraniano, tornará possível para a Rússia transferir à costa ucraniana forças e meios do Distrito Militar do Sul.
Além da infraestrutura militar perto das fronteiras entre a Ucrânia e a Rússia, com a ponte já construída Moscou agora pode controlar ilegalmente as embarcações que cruzam o estreito de Kerch, assim como bloquear a qualquer momento os portos ucranianos no mar de Azov, avançou.
A Crimeia se reunificou com a Rússia em 2014 depois de um referendo no qual mais de 90% dos moradores votaram pela reunificação. No entanto, Kiev ainda considera a península como território ucraniano.
As autoridades russas ressaltaram inúmeras vezes que a reunificação ocorreu de forma legal, de acordo com as leis internacionais.