A Sputnik Mundo falou sobre o assunto com o analista militar russo, Viktor Murakhovsky, que acredita que a notícia não passa de uma mera tentativa de atrair atenções.
"Acho que o artigo pode ser descrito com a palavra hoje popular 'hype', uma tentativa de atrair atenções, ao artigo ou à própria edição. Acho ridículo dizer que a comunicação com o mundo se pode perder após se danificarem os cabos, pois há várias outras vias de comunicação, desde satélites até ao simples rádio. Por isso considero tais afirmações como infundadas", opinou o analista.
"Quando as pessoas têm medo, é inútil denunciar suas fobias."
O artigo da The Hill menciona a embarcação oceanográfica russa Yantar. Analistas americanos chamam o Yantar, tal como os submarinos e os veículos não tripulados subaquáticos de navios-espiões que são capazes de realizar quase todos os tipos de tarefas, destacando ao mesmo tempo que os cabos submarinos representam uma parte crítica da infraestrutura da Marinha dos EUA e do país em geral.
"Como existem muitas vias de comunicação, não há necessidade de tais operações", disse Murakhovsky.
Para o especialista russo, o artigo revela as preocupações dos EUA por poderem perder a comunicação com suas forças no exterior. Entretanto, assinala, Washington tem o maior contingente militar e o maior número de bases militares fora do país. Em outras palavras, aponta Murakhovsky, o autor do artigo queria encontrar um inimigo, e acabou apontando para a Marinha da Rússia.