Afinal, de onde vem a verdadeira ameaça à Rússia? Analista explica

© REUTERS / YonhapO porta-aviões nuclear norte-americano USS Carl Vinson da classe Nimitz (foto de arquivo)
O porta-aviões nuclear norte-americano USS Carl Vinson da classe Nimitz (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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É pouco provável que os Estados Unidos envolvam seus porta-aviões em caso de agressão militar contra a Rússia na região de Kaliningrado, porque o agrupamento das Forças Armadas da Rússia no enclave garante a sua destruição.

A verdadeira ameaça a Moscou vem do flanco oriental da OTAN – dos países bálticos e da Polônia, disse nesta quarta-feira (20) o analista militar Viktor Murakhovsky.

Essa é a sua opinião em relação à publicação da revista norte-americana The National Interest, que reportou que os porta-aviões classe Nimitz e Ford dos EUA são demasiado volumosos para cumprirem tarefas no mar Báltico e serão alvos fáceis para os mísseis russos Oniks. Anteriormente, a revista descreveu a região russa de Kaliningrado como "armada até os dentes" e o pior pesadelo da OTAN.

"Em geral, essa publicação avaliou adequadamente o equilíbrio das forças na região de Kaliningrado. No entanto, os Estados Unidos não vão mandar para lá um porta-aviões, porque isso significaria a destruição certa para ele e todo seu agrupamento aeronaval", explicou o analista.

Ele lembrou que há armas modernas na região de Kaliningrado, como o sistema de mísseis balísticos táticos Iskander-M. Além dos sistemas de defesa antiaérea S-400 mencionados na mídia norte-americana, as forças da Rússia também dispõem no enclave de sistemas de defesa antiaérea Buk-M3. Portanto, uma defesa antiaérea complexa está em prontidão perto de Kaliningrado.

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O analista enfatizou que a verdadeira ameaça à segurança da Rússia vem dos países bálticos e da Polônia, onde os Estados Unidos implantaram recentemente tanques e aviões e têm modernizado ativamente a infraestrutura local para fins militares.

"A verdadeira ameaça vem de outra direção – do flanco oriental da OTAN. Os Estados Unidos já implantaram suas aeronaves de combate na Estônia e Lituânia, além de estarem preparando infraestruturas, com centros de comunicação, quartéis-generais, armazéns, e modernizando os portos e ferrovias para circulação de grandes quantidades de tropas. Na Polônia foi estacionada uma brigada de tanques das Forças Armadas dos EUA", concluiu Murakhovsky.

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