"Estamos entrando em uma nova era, e isso também vale para a Força Aérea turca", disse Orlando Carvalho, vice-presidente executivo da área de negócios de aeronáutica da Lockheed Martin, em cerimônia realizada na fábrica da Lockheed Martin em Fort Worth, Texas, na quinta-feira.
O vice-subsecretário de Indústrias de Defesa da Turquia, Serdar Demirel, compareceu ao evento, enquanto os EUA foram representados apenas por autoridades locais, como o juiz Glen Whitley e o deputado estadual Craig Goldman (Fort Worth), segundo o jornal Fort Worth Star-Telegram.
Após a cerimônia de entrega, os dois caças F-35 estão indo para a Base Aérea de Luke, no estado do Arizona, onde pilotos e técnicos turcos se familiarizarão com o jato de caça de quinta geração. Os aviões devem chegar ao solo turco até o final de 2019.
Enquanto as Forças Armadas turcas parecem otimistas em relação à aquisição dos F-35, os legisladores estadunidenses têm repetidamente tentado torpedear a negociação dos caças por completo, citando a decisão de Ancara de comprar sistemas de mísseis antiaéreos S-400 da Rússia.
Antes da cerimônia de "entrega", o Senado dos EUA aprovou a Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2019, que descreveu o acordo S-400 como "sancionável sob a atual lei dos Estados Unidos" e previu um plano para a "remoção da Turquia do programa F-35".
Além do projeto de lei, o Senado emitiu uma resolução expressando suas "preocupações" com a compra do S-400, mais uma vez alertando Ancara das possíveis consequências de fazer negócios com a Rússia.
A Turquia respondeu com indignação às medidas dos legisladores dos EUA, afirmando que a votação do Senado "não tem valor para nós", já que a compra dos russos S-400 foi "um acordo fechado".