"Aqueles que acreditam que a crise migratória representa uma enorme ameaça à unidade da União Europeia são ridicularizados, mas podem vir a ser profetas. O risco de desintegração da Europa existe. Desentendimentos entre grupos de Estados, dificuldades em encontrar soluções comuns e fazer esforços conjuntos podem ter um efeito ainda mais erosivo do que a crise financeira de 2012… [A Europa] se transformou em um arquipélago composto de múltiplas ilhotas dispersas. A capacidade de chegar a compromissos, compartilhar opiniões e cooperar de modo prático se deteriorou ”, disse Milanesi.
Segundo o ministro, uma Europa unida, se não entrar em colapso, poderá enfrentar a situação quando os acordos europeus deixarem de funcionar.
As discussões sobre a migração ilegal na Europa se intensificaram depois que as autoridades da Itália e Malta fecharam seus portos para um navio com mais de 600 migrantes a bordo no início de junho. O impasse irritou o presidente da França, Emmanuel Macron, que à época chegou a chamar o governo italiano de "cínico e irresponsável". Para dar fim à contenda, a Espanha concordou em aceitar os migrantes.
O incidente, no entanto, provocou a troca de críticas e deu um impulso adicional à busca de uma abordagem da questão em toda a UE, com a Itália pedindo a revisão do Regulamento de Dublin que permite enviar migrantes de volta ao país onde eles entraram no continente pela primeira vez.